domingo, 12 de dezembro de 2010

Um Natal lindo para vocês-tudo, gente boa e querida!!!
Que as estrelinhas - cujos nomes não recordo agora - iluminem seus sorrisos! =)
Que 2011 venha feito panettone, verdadeiramente, recheado [não daqueles enganosos!] de coisas gostosas!
Que a vida seja doce!
E o mundo... leve[m]... como bolha de sabão!


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bonequinho desengonçado de até logo procês!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

a última teoria

escritor é um desocupado.

nunca fui - mas o tentava -
tampouco o quero ser.
hoje sei que tenho
muito mais
a fazer.

sábado, 4 de dezembro de 2010

jan[ela]*



"(...) rabiscava num caderno velho:

'quando eu nasci,

nem um anjo veio-me dizer:

vá ser gauche também você!'

súbito: de asa a asa, aleatória e delicada, uma borboleta transpõe a moldura da janela; entrando em meu quarto. [fugirá da chuva? uma borboleta a estas horas?!]. não direi que é de uma beleza inefável, como se costuma referir a um lepidóptero, porque imediatamente lembrei-me do que costumava ouvir sobre esta espécie – de olhos desenhados nas asas – quando era pequena:

minha avó acreditava e dizia-me que a pobrezinha trazia a notícia ou o prenúncio d’alguma morte – um agouro. e eu ficava [e ainda fico] a supor que aqueles arregalados olhos em suas asas eram, justamente, o avesso do que abarcaria sua visita: que se enquanto alguém fechava os olhos, suas frágeis asas se abriam para o tempo, em nossa comum efemeridade, anunciando que outro alguém também abria os seus para a vida.

talvez, talvez... meu anjo fosse aquela pequena borboleta. e eu nunca saberia."


*trecho de conto meio inacabado.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Xodó!


Ela não existe, mas porque acredito, sim! Ela é minha alma gêmea; não metade, mas inteira: manteiga em dia de sol. Ela é um meu raio de sol! Ela me salva [sempre-sempre] e me faz crer na Vida, a cada gesto imprevisível e lindo com que me recria o mundo. Ela poliniza o ar: flor da minha janela. Ela é o meu olhar e a própria paisagem! Ela não tem mesmo moldura: não pede espaço; invade tudo. Ela é todo esse clichê, que digo sempre, porque o tornamos puro. E tão mais que isso:

Ela se me é...

.

Gosto de falar para ela, acerca dela [com cacofonia e tudo], assim, como se fosse para outra pessoa: ela me diz que não pede palavras, mas suscita todos os verbos dessa língua exclusiva que criamos, dia a dia, só para dizer AMOR.


Por isto e por tudo!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O meu mundo

Qual “A última crônica”, de Sabino, assim eu quereria a minha primeira...

Tarde. Eu, no mesmo banco longo de madeira de todos os dias, [a]guardando os últimos minutos, antes de voltar ao mundo... Nem ao sul [de frente à lanchonete]; nem ao leste [à loja de brinquedos]; nem ao norte [à clínica de estética]; mas a oeste, para o inativo chafariz, figurado frente ao sol que se lhe põe ao fundo.

A meu lado, uma senhorinha cheia, cheia de vida – quantos anos, pensei só, feitos bodas prateadas nos seus fios de cabelo, que eu olhava e olhava... Sua postura nem tanto ereta, tampouco arqueada, mantinha-se sob uma calma que eu, [in]conscientemente, procurava no entardecer. Suas unhas, bem pintadas, de um vermelho, que eu olhava e olhava, na mão frágil repousada ao colo. E nem um som em torno – nenhum som, em mim, se propagava no espaço dos sentidos.

[Lembrei minha avozinha...]

Súbito, e vagarosamente, a senhorinha se levanta com dificuldade natural e pura, apoiando-se à bengala... Para por um tempo, sempre olhando em frente; arrisca um passo, fraqueja [ou hesita]; fica um pouco mais, alguns segundos – extensão de um céu inteiro! – volta, em minha direção, seu rosto de uma flor tão alva e, em um gesto quase imperceptível, me desenha um riso delicado. E se vai.

E, em meus olhos,
– mundo inteiro, com seus mares calmos –
anjos molham suas asas
para um voo azul
que me colorem a alma.

domingo, 14 de novembro de 2010

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Só o chifre humaniza

[Como eu adoro esse cara sabido!!!]

Xico Sá

Não tem jeito mesmo. Só um chifre humaniza um macho, repito aqui o velho mantra da coluna. Daqueles bem parafusados pelo destino em nossas testas lisas. Nem que seja apenas como arma de vingança, como reza a lírica do cancioneiro de Carlos Alexandre, o grande do brega.

Um chifre daqueles que nos faz furar o LP com Stephanie Says, do Velvet, ou nos põe como a última das criaturas, ao sentir as batidas dos pingos da tempestade contra a vidraça. Aí entra Tom Waits, que gorjeia This One’s from the Heart, aquela do fundo coração, o filme de Francis Ford Coppola.

Posso tocar mais uma da fita O Fino do Corno, que acabo de gravar aqui no velho cassete das antigas? Então lá vai, lá vai, roda, segura aí, peça logo outra cerveja: Les Amours Perdues, do canalha-do-bem Serge Gainsbourg. Essa é para chorar, como convém a quem deixou rastros de incompetência e de vacilos sentimentais pelo caminho.

Chifre posto, lá estamos nós, répteis do amor (agora entra Por que me Arrasto aos teus Pés, do rei Roberto, para coroar a breguice dos humilhados e ofendidos), carentes como um poodle.

E essa nossa loucura, muitas vezes, não deve ser tributada simplesmente à febre amorosa que estoura na pele e mancha o caroço dos olhos. Enlouquecemos mais pelo ego de macho, que não suporta uma “literatura comparada”, uma derrota, do que pelo grande amor de fato.

É o medo do cabrón diante das comparações. Tudo que queremos saber é apenas se o adversário, a quem sempre vemos, de imediato, como o Pelé do tantra, o Cassius Clay do priapismo, é mesmo o tampa-de-Crush, a bala que matou Kennedy, o tal da química de pele, o cão do terceiro livro…

Aí insistimos, insistimos, insistimos na nossa babaquice, até que ouvimos mesmo, daquela ingrata, que perdemos o embate, o jogo, o clássico do sobe-e-desce, o decisivo mata-a-mata nesse faroeste empoeirado dos nossos inconscientes.

A literatura comparada é o golpe fatal. E que gazela perderia a chance, diante da pergunta do imbecil, de empurrar o sujeito para o abismo?! Aí não tem cachaça ou uísque que curem. É o fim. O mais confiante dos homens sucumbe nessas horas.

E se a moça, toda saltitante, aparecer na firma com aquele sorriso franco, aquela pele remoçada… Nunca vamos imaginar que possa ter sido apenas uma combinação perfeita entre o Prozac e o creme de vitamina C + coenzina Q10, obra e graça da renovadora indústria coméstica!

Sempre pensaremos no desastre-mor, no grito selvagem (dela) de prazer. Sempre achamos que a desgraçada, a miserável, descobriu, finalmente, todos aqueles multiorgasmos fresquinhos anunciados toda semana pela revista Nova. A capa da Nova é a primeira imagem que temos. A perua toda feliz com a carga elétrica de 220 wolts que recebeu do velho urso.

É assim mesmo. Pois a vida é simples e sempre vai imitar aquela singela crônica de Rubem Braga. Lá para as tantas, uma tal de Joana entra no carro de um palhaço, toda aconchegada a ele, meio tonta de uísque, vai para o apartamento do monstro – um imbecil que não sabe uma só palavra de esperanto. A vida é triste, Sizenando, conclui o escriba, a quem agora fazemos coro.

E no toca fita do meu carro, como canta agora Bartô Galeno, uma canção me faz lembrar você…

& Modinhas de fêmea

Somente a solidão, essa pantera, foi minha companheira inseparável. Dá-lhe Augusto dos Anjos, nosso primeiro punk metafísico, aqui em socorro dos solitários de saco cheio com o massacre publicitário que sofreram por causa do meloso dia dos pombinhos.

E haja celulares de regalo, com horas e horas para falar de “graça”, créditos para um bom pé-na-bunda, como diz a amiga Cynthia, créditos para o chá-de-sumiço dos homens frouxos que não têm sequer a decência de uma despedida de corpo presente.


(*) A coluna Modos de Macho & Modinhas de Fêmea, do jornalista Xico Sá, é fornecida com exclusividade pela BR Press.

domingo, 24 de outubro de 2010

2 medidas III


Não me tente com este seu olhar menino de homem que quer mais que muito da mulher que posso ser Tente é me salvar Nunca sei o que lhe dar quando me doo Deito todas as feras de mim na selva amena do teu peito Percorro na cegueira a ilha deserta de nós dois com mais de mil sentidos E se brigo é para reconciliar todas as partes pelas quais tornamo-nos um só Mansinho vendaval carinho bem e mal Sem pausas pontos reticências entre a língua de um e outro Travessões são travesseiros onde deita a calidez do fogo e toda lágrima e saliva e mais que isso mares nossos Tente pois salvar meu coração exclamação Que só sabe que amar é afogar-se de paixão


“amor é sede depois de se ter bem bebido.” GR


2 medidas: http://mudandoeuvou.blogspot.com/2010/03/2-medidas_05.html

2 medidas II: http://mudandoeuvou.blogspot.com/2010/04/2-medidas-ii.html

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Universo de Bellatrix II



*D. Terra é uma 'senhorinha' muito fofa! ^^ e um tanto caduca! culpa de quem?!
**Não conseguindo visualizar os textos, clique na imagem para ampliá-la ou dê Ctrl + à sua janela. =P

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Involução*

Salvava-me a escritura.

Salvavam-me as leituras.

Salvava-me tudo

O que me [e]levasse às Palavras.

[Agora elas me quedam?]

Entanto não sei mais se [há] prosa ou verso, quando tento no abismo da existência não cair: mergulho fundo-fundo e fundo... E, neste encontro d’alma, ganho asas

Com que subvoo o mundo...



*nota para mim.

domingo, 3 de outubro de 2010

O Universo de Bellatrix



Nota:
Apresentando o "O Universo de Bellatrix"!
A ideia surgiu do nada (!). Quer dizer, eu estava no estágio... sem a 1606 [meia-meia: repara o nº!] para me atentar... lendo "A Turma da Mônica"... de repente, bateu uma vontade de fazer quadrinhos também. E aí, nasceu essa estrelinha metida-a-pop-star: Bellatrix!
Bom, alguns devem saber que, na constelação de Orion, Bellatrix é o nome d'uma das estrelas mais brilhantes. Visto meu encantamento por coisas do Cosmos e afins, não pude abandonar aquilo que me arrebatara tão de súbito. Resolvi, então, criar 5 personagens [e alguns "figurantes" possíveis], que serão apresentados ao longo das tirinhas postadas.
Não, não haverá alienígenas! Apenas "corpos celestes".
Enfim, vou tentar publicar toda semana; enquanto for me divertindo, desenhando e pintando, no Paint, claro [porque eu sou pobre e pobre é criativo, né? haha].
Espero diverti-los também!
Ademais...

Besos!

*Não conseguindo visualizar os textos, clique na imagem para ampliá-la ou dê Ctrl + à sua janela. =P

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

*ca[fé]



quantos labirintos de silêncio
e/ou caos,
sacro suco dos meus dias,
desmaterializa-me
tua negra magia?
que canção [a]guarda
[em] teu perfume
o mais puro ritmo da fantasia?
esta com que valsam
minhas insones companhias.
tua calidez,
no cálice das horas,
derrama-se
– unção –
por todo o meu espírito...
bebo-o, grave.
no teu breu, deslizo,
qual suspenso mar
no abismo metafísico da noite
– batizo-me.

*d'o meio do avesso.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

corpoesiamor


pra falar de amor
não há
que se dizer palavra.
pra falar de amor
não posso
nem dizer amor.

[meu amor é todo corpo
não-conceito, não-verbal...]

leio-me de pele
e faço versos de arrepios:
meu amor é todo corpo
– um alfabeto de sentidos.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

De cor[ações] [d]e a[mo]r

[da janela do busão]



Dias cinzas
São soprados pelo vento...
Espalham-se desenhos
De inverno
Pelo céu de matutinas
Utopias
– Meus inventos.

A tarde espessa
– Manada de elefantes –
Enche os campos
De meu rude pensamento
E, lá, ao longe,
Vão, errantes, os Poetas
Pintar versos entre nuvens...

São palavras

– Frescas tintas –

Figuradas nas retinas;

Têm perfume em cada cor...

E, em meu peito,

De ar[co] a íris,

Redesenho o meu amor.


there’s a rainbow in my heart
whose colours are on my eyes
[and I swear: I don’t know where
did it come from! I really don't!]

*reencontrei a inspiração no potinho d'ouro ao final do arco-íris! :)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Amigas detalhistas = nós Cid Verty!

Sexta-feira.

Cenário: Starbucks Coffee – Botafogo Praia Shopping

Tempo: Ligeiramente frio [15º à beira mar]; aproximadamente 20:00h [depois de 3h no trânsito...]


Cena 1:

Tati: Então, vai querer qual?

Rafa: Ai, não sei, amiga... – com cara de indecisão – me recomenda algum.

Tati: Ah, eu gosto daquele ali – diz, apontando – o Mocha.

Rafa: O Vanilla é bom? – para contrariar.

Tati: Nunca experimentei... Tem baunilha!

Rafa: Hum, tá, vamos de Mocha mesmo.


Cena 2:

Atendente: Pois não! J

Tati: É... – hesita – é que... é a primeira vez dela. – indica-me, com o polegar.

Atendente: Hummmm... – expressão de: Saqueeei!

Rafa: >_< – Pensa: 'É, isso era realmente necessário!'

Atendente: Pode deixar!!! Farei o possível para que seja inesquecível! – pisca o olho, espirituosa.

Rafa: x_x



Três minutos mais tarde:

Atendente: Rafaela e Tatiana! – anuncia.

Rafa: Pega lá, amiga.

Tati: Ih, olha só!

Rafa: O quê?

Tati: Ganhou até carinha feliiiz!

Rafa e Tati: hahahaha...


Depois disso, viriam uns choppes de vinho no Castelo e cervejinha na pracinha, perto de casa...

E todos viveram [altamente] felizes por uma madrugada!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

À noite, há uma criança

Daqui [que eu AMO!]: Bichinhos de Jardim



Se me falta o sono,
Eu não conto carneirinhos.
Já tentara: um, dois, três... [vão direitinho]
Quando chego a quatro,
Querem todos ir de uma só vez
Sobre a cercazinha branca!

E vão surgindo e vão pulando
Da esquerda pra direita
E vão sumindo ali – o espaço acabando...
Mas não recomeço, não;
Conto: cinco e seis e sete e oito
E, novamente, a confusão.

E se me voltam da direita
Os que foram na primeira
E aos outros vão se misturando.
E nove e dez e onze e doze...
Eu abro os olhos, no escuro,
E lá estão ao pé da cama!
Balindo, balindo...
[Desespero me tomando!]

Eu me levanto.

Então, conto as estrelas
[Ah, à noite inteira...]
Como sonhos que pintasse
No tranquilo noturno.
Um, dois, três... dúzias... centenas!
E o silêncio é um menino
Que se me faz poema.


*quem foi que inventou essa inutilidade de contar carneirinhos?! ahn?!

domingo, 8 de agosto de 2010

homicida




é um silêncio doído
que me fala noite e dia;
simplesmente tortuosamente
na matéria-prima de meu corpo

e vai revolvendo instâncias
hieróglifas nas terras do tempo.
se fingindo de momento
se fingindo presente
se fingindo futuro
se fingindo real
se fingindo puro
se fingindo preciso, se preciso for
até ser mau.

ele me cala
porque sabe os meus segredos
[que eu não digo a mim mesma!].

é um amor doido
que me mata todo dia
e ninguém, ninguém
nunca desconfia...




terça-feira, 3 de agosto de 2010

poeminha [geo]erótico




disse a árvore pro chão:




- vamos trocar de posição?




*ainda em fase de [des]inspiração... profunda.
=*

terça-feira, 20 de julho de 2010

Num Feliz Dia do Amigo!

Certa vez, li que amigos são como estrelas: presentes, até quando além ‘das vistas’.

Além disso, surgem quando têm de surgir. Permanecem pelo tempo que têm de permanecer [nem adianta tentar interferir]. E, ainda assim, fazem-se eternos, porque de sua matéria final [fusão], novas estrelas são geradas... – novos eus?

Por isso, [não importa se, em mim, nasceram há meses ou anos-luz] pinto as minhas estrelas com a mais cara tinta que tenho: meu amor!


Mega obrigada a:

Mamily [MEU TUDO: pólen água luz e ar!]; Ju [minha eterna-mestre-amiga; orgulho sem fim!]; Tati [ah, nem sei... meu amuleto precioso; infinito doce-de-ser!]; Anati [minha coluna mestraaa (hahaha); minha sobriedade; minha polia!]; Ama(n)dinha [caraleo (haha), estrela-dercy-guia da minha vida!]; Saritah (Ingrid) [minha pequena notável; minha 2 em 1 (haha)!]; Val [presente lindo dos céus; terceira mãe solicitude delicadeza num só pacote de ser!]; Marcita [meu laço de seda; barquinho de dádivas no mar da vida!]; Rê [ahh, a infância que não tive (haha); minha Barbie (brunette now) mais curiosa em tamanho real!]; Ci [minha nipônica do sul! >.< ; meu principal objeto de irritação! haha]; Laylinha [meu achado sem ter perdido; doce-de-coco com raspinhas de nirvana!]; Marbier [aiiiii... estrela maisquelinda com brilho de poesia; arco-íris da minha estradinha!]; Li [quáaaa! (rsrs) minha floranímica; minha “parte que não tinha”!]; Cy [flô de candura da minha vida; raio de sol na minha janela!]; Camilinha [bonequinha da minha estante; companheira-gêmea-mor de angústias-e-desvarios!]; Xay [figurinha-mor do meu álbum biográfico; nerd caçula! ^^]; Fabiii [loucadepedra mais cara-de-pau da minha estrada! haha “ai, Beth!”]; Marcinha [pimpinela cabotina mais xoxadora (haha) do meu coração!]; Mari [guia-da-minha-saga-estagiária; nerdinha queriiida! rs]; Lu [peixinho do meu aquário (‘camarada d’água’!); anjinho da minha prateleira de mimos!]; Wall [wÓllocutor dos meus ouvidos; doçura caramelizada de ser!]; Paul [ah, meu minidicionário filosófico de cabeceira; pedacinho de bolo confeitado sem dia de festa!]; Celo [meu cartãozinho de visita; léxico polidor do meu alfabeto de granito!]; Allan-tico [açuquinhar dos meus dias; brilho dos meus olhos fraternais!]; Nuelinda [fada poetisa mais hard-rock da minha vida! rs]; Luuu [minha rádio e ‘lifestyle’ alternativos favoritos! o/ ]; e Calinho [gasparzinho meu rs; cosmopoetinha do meu céu].


quarta-feira, 14 de julho de 2010

"Correndo com tesouras"



“Eu não tinha nada em comum com aquelas crianças. Elas tinham mães que
mordiscavam tirinhas de cenouras da finura de um fósforo. E eu tinha uma mãe que comia fósforos. Elas iam dormir às dez da noite, e eu estava descobrindo que a vida podia continuar muito depois das três da madrugada...”
(p.82)

A primeira vez que vi este filme foi há uns dois anos ou mais. Zapeava a TV, quando passei por um canal – que nem lembro – em que Avril Lavigne atuava (pensei: putamerda, essa guria também é atriz?!); continuando a assistir, porém, percebi que não era ela, mas Evan R. Wood (tava IGUAL!). Passada, pois, a surpresa, apesar do filme já começado, embarquei na história da família Finch – na qual ninguém havia de muito normal (ou nem um pouco). E falar disso é essencial, porque além de o patriarca da família, o Dr. Finch, ser um terapeuta psiquiatra (nada convencional), o filme abarca essa temática.

São numerosas as questões para comentar, mas esclarecendo um pouco de tudo (agora que, anos depois, comprei filme e livro quando os descobri!): traçando um paralelo entre as duas obras, o enredo baseia-se no dilema de Augusten Burroughs, um adolescente, cuja mãe (seu ídolo desde pequeno), Deirdre, louca (literalmente) por se tornar uma famosa poetisa, tem disfunção bipolar; desmorona sua imagem de ídolo e amputa a infância de um filho não menos... perturbado. Este, cujo pai, Norman, um professor, – alcoólatra – nunca foi muito presente; que, com o passar de anos e incontáveis brigas matrimoniais, após separar-se de Deirdre, torna-se ainda menos.

O jovenzinho, que é cheio de manias (como polir objetos metálicos, manter o cabelo sempre perfeitamente penteado, não permitir um fiapo sobre a roupa etc), em decorrência de todos estes problemas, e com a agravada doença da mãe, acaba sendo “dado” para adoção ao próprio médico da mesma, o Dr. Finch (!). Quando Augusten chega ao seu “novo lar” é que toda a comédia (apesar do drama sobreposto) se inicia. A mansão cor-de-rosa, e decrépita, em meio a uma rua de imaculadas casas, será a metáfora/metonímia da Loucura – como em O Alienista, de Machado de Assis.

Lá, também são assistidos pacientes do Dr. F., alguns dos quais acabam assistindo (!) de vez com a família, que é composta por aquele; Agnes (sua esposa, talvez a menos louca); Hope (filha mais velha, que tudo pergunta à Bíblia); Natalie (a mais nova, pseudo Avril – rs – que vive em conflito com Hope); Pooh (um menininho adotado, que faz coco na sala); uma nação de baratas que habita, sobretudo, a cozinha; uns gatos que compartilham a ração com Agnes; e Loranne (esta só no livro – uma paciente neurótica obsessiva compulsiva por limpeza – imagine!).

Augusten (ah, ele é gay!, e deseja ser cosmetologista – alguns diriam cabeleireiro, mas...) envolve-se com outro filho adotivo dos Finch, Neil Bookman, que não mora com eles – pois, revoltado por não ter um quarto na casa, saíra dela. Enquanto isso, Deirdre também alimenta um caso homossexual, o que causa ainda maiores conflitos psicológicos ao adolescente, que já supunha ser uma doença (genética) a sua sexualidade.

Em plena década de 70, com seus 16 anos, Augusten reflete uma vida arbitrária (porque sem rédeas), regada a drogas e bebidas alcóolicas – apesar de não ser um mau menino. A falta de equilíbrio – em todos os sentidos – na casa dos Finch desperta-lhe a necessidade de figuras que o amparem, que o guiem ou que, ao menos, o coíbam de determinados atos, o que todo pai e toda mãe o fazem (ou, ao menos, deveriam). Então, ele foge para seguir a desejada ‘carreira’ (mesmo não tendo, praticamente, estudado) na grande cidade de NY... (mas acaba virando escritor; não dos grandes, mas um).

Então, correr com tesouras, um risco que quaisquer pais não permitiriam aos seus filhos, torna-se nada mais do que recortes da aventura que é a própria vida (?)!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ainda em linhas telefônicas...


Há uns 10 anos, ou um pouco mais, antes de a Oi ser Telemar e a Telemar era Telerj, quando telefone residencial era a última sensação dessa, a diversão maior lá em casa – por parte dos primos – era ligar só para testar o atendimento de Seu Djalma e Dona Jurema (os avozinhos).
A gente sempre ralhava*: Não é assim que se atende telefone, vô (ou papai, diziam minha mãe e minhas tias)! Qualquer dia, um conhecido vai pensar que a ligação extraviou e foi parar num morro desses daqui perto! Ou pior: denunciam e, quando vir, ‘tá a polícia batendo aí na porta! É só dizer Alô! Não é tão difícil.
E lá estávamos nós sempre a fazer os testes. Mas, que nada, não adiantava! Seu Dudu (como era chamado) não abria mão da peculiar frase, na sua voz de trovoada que fazia chorar quaisquer recém-chegados à família que lhe eram apresentados... voz de que até hoje nos lembramos saudosos.
Dona Jurema, por sua vez, nos preocupava quanto à qualidade da linha. Ouvíamos o característico tom de chamada. Uma, duas, três, quatro vezes... e, de repente, o silêncio. E éramos obrigados a indagar: Alô? Ao que ela respondia em uma cadência malemolente de senhorinha de propaganda da Embratel: Prooonto... E aí começava a nossa ladainha**: Quem fala primeiro é a sra., vó, porque foi quem atendeu. E ainda ouvíamos a malcriação: quem 'tá ligando é quem chama; ele que diga, ora pombas!
E relevávamos, porque, no fundo no fundo, ela até que tinha certa razão. Mas o que, até hoje, ninguém nunca entendeu muito bem é por que Seu Dudu sempre trovejava ao chamador***: QUALÉ O PÓ?!!!



*, **, ***: os termos pertencem àquele vocabulário saudoso dos avozinhos já falecidos. :-(

terça-feira, 29 de junho de 2010

Extrav(/f)io


– Sim?
– Alô, Ana?
– Não. Você deve ter discado errado.

Clic.

– Pronto.
– Oi! Sou eu de novo. Esse telefone não é da Ana?
– Não. Como eu disse: você deve ter...
– Mas é que eu preciso muito falar com...
– Olha só...
– Fernanda!
– Quem?
– Eu, Fernanda.
– Uhum. Veja bem: aqui não é a casa da Ana; nem da Joana. Eu não conheço nenhuma Fernanda, portanto...
– Qual é o seu número?
– Número de quê?!
– Do telefone, ué!
– Bem, é esse que você discou, que, por sinal, NÃO é da Ana!
– Sim, mas eu queria confirmar o...
– Olha, eu tenho mesmo que desligar, viu?
– Não! Por favor.
(Silêncio)
– Alô? Você ainda ‘tá aí?
– ‘Tô.
– Ah, então...
– Ôôô... Fernanda. É Fernanda, né?
– Isso.
– Então, Fernanda... Na verdade, eu não gosto muito de telefone, sabe? E uso porque é uma necessidade...
– Sim, sim, é!
– ... como eu ia dizendo, é uma necessidade! E, no presente momento, estou um tanto ocupada...
– Hum. E... você ‘tá fazendo o quê? Desculpa, como é mesmo o seu nome?
– Bem, eu não lhe disse.
– É, por isso pergunto!
– Sim, mas é que eu ‘tô querendo desligar, uma vez que não tenho muito – ou nada – que lhe falar. Cê me desculpe, mas...
– Eu entendo.
– Entende?
– Entendo. Não tem por que ficar falando com uma estranha, né?
– Bem... não é isso. Mas... tenho afazeres.
– Tudo bem.
– Mesmo?
– Sim, sim, sem problemas.
– Bem, então... acho que é hora de desligar, certo?
– Certo.
– O-k!
– Ok.
– ...Você ficou tão monossilábica, de repente, Fernanda.
– Fiquei?
– Sim, viu só?
– Ah, me desculpe. É que você não tava muito afim...
– Não! Eu disse que tinha afazeres.
– É, isso mesmo. Portanto, desculpe de novo. Eu vou indo. Até mais.
– Olha! Você já pensou?
– Em quê exatamente?
– Na verdade, não haverá até mais.
– Não?
– Não. Você não ligou errado?
– Liguei.
– Então, o risco (e repare: não digo risco de forma negativa, viu?)... mas é pouco provável que você torne a me ligar. Você não acha?
– De fato.
– Pois é...
– Mas eu quis confirmar o número; foi você quem me disse que...
– É verdade, me desculpe também.
– Não há de quê.
– Não, me desculpe mesmo!
– Ok, está desculpada então.
– Fico grata.
– Bom, agora vou deixar você com seus afazeres, sim?
– Imagine, Fê. Eu posso até deixá-los para mais tarde.
– Não, não! Não se incomode comigo.
– Quê isso? Não é incômodo nenhum! Eu fui, realmente, grosseira.
– Não, você foi sincera.
– Sim, sincera, sem deixar de ser grosseira.
– Já que você insiste...
– Insisto, insisto. Então, você me perguntou o que eu estava fazendo...
– É, perguntei.
– Pois é; não estava fazendo nada, não.
– Mentira!
– Verdade! É que, ‘cê já sabe, não gosto muito de telefone...
– Uhum.
– Daí, como, a princípio, era uma ligação... extraviada, digamos...
– Sim.
– Olha, você ‘tá sendo monossilábica de-no-vo.
– Juro que não é de propósito!
– Mas ‘tá parecendo.
– Me desculpe, não é mesmo. É que preciso, realmente, falar com a Ana. E já que aí, definitivamente, não é a sua casa, eu ia confirmar o número na agenda, para...
– Sim, sim! Ah, você não quer que eu te ajude?
– É... ajudar? Em quê?
– A conseguir falar com a Ana!
– Hum... não sei bem como você poderia me ajudar com isso.
– Posso, posso! É só você me dizer o sobrenome dela. ‘Tô com o computador aqui na minha frente: posso pesquisar nas listas amarelas.
– Olha, é muita gentileza da sua parte. Muita mesmo. Mas eu tenho o número na agenda. Só preciso, de fato, confirmar...
– Ah, mas tenho certeza de que o computador seria muito mais rápido!
– Mulher de tecnologias, é?
– Pois é! Gosto desses lances pós-modernos.
– Notei, notei.
– Ah, a propósito, você perguntou meu nome! Eu me chamo...

Clic.

– Nossa! Que mal educada.

terça-feira, 22 de junho de 2010

que a razão desconhece!

não me venham com essa!
eu¹ não quero ser aquela da vida de homem algum!; eu não preciso de que homem me chame sempre de linda; eu não espero que ele diga que sou gostosa ou que o deixo louco; eu não urjo² que ele ligue todo dia ou mande dezenas de torpedos lembrando o quanto me deseja; eu não quero que ele insista em pagar a conta do motel, restaurante ou parque de diversões; eu não tô nem aí se ele faz questão de apresentar-me à família ou não; eu não espero um gentleman; não ligo se ele abre a porta do carro ou desce à minha frente numa escada, protegendo-me, caso caia; eu não quero um homem nota dez ou mil!; eu quero um homem em que queira me jogar em cima; com o qual queira ficar dentro do carro (ou ônibus ou quarto); quero um homem das cavernas, pelo qual minha temperatura alcance ebulição em 10 segundos; um homem para mostrar à minha família e a todo mundo; quero um homem por quem sinta necessidade de pagar a conta; eu quero ter a vontade de ligar para ele manhãtardenoiteemadrugada só para ouvir sua voz no ouvido; eu quero sentir o gosto dele mesmo de longe, e sorrir de gozo só de lembrar seu rosto (seja feio, bonito ou maravilhoso); o que eu quero é, pura e simplesmente, um homem por quem queira estar viva! (e, às vezes, esse não é e nem faz nada-nada disso...).


"quem sabe o príncipe virou um chato
que vive dando no meu saco
quem sabe a vida é não sonhar (...)
eu sou poeta e não aprendi a amar..."
[Cazuza; Frejat]

¹o pronome ‘eu’ fora usado como substituto do vocábulo ‘mulher’, para não haver confusões. é sempre bom! ;-)
²eu não sei se esse verbo se conjuga na 1ªp.! lalalá*


sexta-feira, 11 de junho de 2010

"Stop./ A vida parou/ ou foi o automóvel?" CDA




porque me irrita muito o falso ufanismo,

em flâmulas [verde-amarelo],

espalhado em carros varandas janelas lojinhas botecos e o cacete-a-quatro!



[e eu torço pela Itália
]