segunda-feira, 27 de maio de 2013

dédalo



mirando o tempo
contemplo a vida
- em números, retratos, vãos -
cheia de (d)anos
e ambiguidades.


há gentes que vêm
há gentes que vão;
uns sob panos
outros sem máscaras
ou vaidades...


nas curvas de minha (c)idade
carrego o meu olhar
perplexo
ávido
inútil...

e a vida -
este labirinto íntimo
de sons
e sonhos
e assombrações.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Inexorável

Não há razão para o Poema:
Escrever é rabiscar
No agora
O que não cabe
No amanhã;

É observar o risco
De uma estrela cadente
Na textura celeste,
De onde despenca, a cada instante,
Uma nova hora e era.

Porque no Tempo somente,
Este profundo e inacabado Caos,
Nasce, inesperadamente, a essência
Incompreensível
Da eternidade...