domingo, 9 de maio de 2010

uma estrela e um abraço, com fita e[m] laço!


Pelo privilégio de ter sido concedida por você – nosso reencontro d’almas – [mesmo tendo me feito chorar várias vezes, quando pequeninha, dizendo-me adotada =P];
por cada beijo de despedida – cumprido até hoje – na saída pro trabalho [até quando atrasada] e por cada beijo de chegada;
por cada instante em que me fez heroína [quando os “aviõezinhos de comida”, que levavam as grãs famílias a inesquecíveis viagens esofágicas, sempre deixavam parentes – filhinhos leguminosos, netinhos hortaliços – chorosos para trás, incitando meu instinto solidário ­de não deixá-los lá, tão sós, pobrezinhos... >.< ];
pelo guardar de cada fotografia cartãozinho cartinha de colégio; primeiros desenhos e traços [como meu nome escrito pela 1ª vez, aos 4 anos! ^^ ]; roupinha de batismo e sapatinhozinho [que faz questão de me mostrar que, hoje, só cabe no meu dedão! ¬¬]; ah, e os meus dentes-de-leite? [isso você podia ter jogado fora – me-do!];
por aquela rosa que eu te dei pela primeira vez, sem um motivo especial [mentira: especialmente para dizer sem palavras que ‘te amo’, com a delicadeza e a pureza, mas sem a efemeridade, que só as flores têm] cujas pétalas você também guardou por tempos numa caixinha de joias;
por cada “conselho de nuncas” que têm/tiveram, sim, o seu valor [ao ir pro colégio: “NUNCA fale ou aceite carona de estranhos, hein?”; ao sair à noite: “olha lá, NUNCA vá ao banheiro e deixe seu copo: alguém pode botar alguma coisa nele e você não vai saber; depois, a desgraça é feita, aí já viu!”... entre outras do gênero de cabeça-de-mãe...];
por cada um dos amorosos gestos, que vão desde o sorrisinho pseudoenigmático, de alguma surpresa a oferecer [geralmente, de comer, né? :D ] às broncas, que vêm, sobretudo, por meus erros e preguiça infindos.
Enfim, por tudo – e que haja palavra maior que tudo – que fez/faz de mim /para mim/ por mim... Pelos 23 anos, 2 meses e 1 semana de uma amizade da qual me orgulho e a que, inestimavelmente, sou grata! Pelo seu amor, que retribuo [e distribuo] multiplicado por 365 e elevado ao infinito e, ainda assim, não chega ao resultado do meu por ti!


Um Feliz Dia das Mães, MINHA – e só minha afro-nipônica – Mamily!

*E a todas as Mamães lindas desse mundão de filhos também. =)

domingo, 2 de maio de 2010

"Ruff!"




Eu, que – no fundo, no fundo tenho alma de Policarpo Quaresma – nunca gostei muito de música [ou qualquer coisa] americana. Encontro-me, no entanto, atualmente, “falling in love” by “The Fall”, de Norah Jones – playlist das manhãs, tardes, noites e madrugadas.
O cd, lançado em meados do ano passado, caiu sobre mim junto às águas de março deste. [A quem sou grata desta vez é outra maisquequerida amiga, Tati, que mo dera de presente de aniversário.] De cara, perguntei-me o que os cãezinhos fofíssimos da capa, contracapa e pôster [que AMEI!] teriam a ver com a história! Mas o que fazer com um cd senão ouvi-lo, né? Foi aí que descobri...
As 13 [!] faixas, de autorias da própria Norah, sendo 5 em parcerias, trazem [além de um acréscimo significativo de cordas às teclas, características da cantora] melodias ultrarromânticas [eca! eca pra nova ortografia, claro!], nas quais variáveis situações, perpassadas em cenários americanos [ohh!] – como Manhattan, Brooklyn, Washington Street – carregam discursos que vão das “dores de cotovelo” [Even though, I wouldn’t need you, Waiting, You’ve ruined me¹...] à famosa “volta por cima” – como Tell yer mama, Stuck, Man of the hour...
Nesta última [a piano e voz apenas], que é também a última faixa do disco, a cantora ‘narra’ a sua escolha entre 2 homens, em favor daquele que não há de mandar-lhe flores [: estas morrem mesmo]; daquele que não discute [: sequer fala]; e que nunca, pois, a fará chorar: o homem de uma horinha só.
De ouvidos atentos, no final da canção, a revelação [epifania – explosão!]: um latido! ‘Tava lá a explicação: 13 faixas = 13 homens = 13 cachorros².




¹the best ever!!!
²sim, eu tive o trabalho de contar!

*os homens que me leem são exceções, eu sei! =)