"RJ, 20/03/09
[...]
[...]
Eu ando tão inconformada. Inconformada com a fragilidade humana; com a inconstância constante (?!) do ser humano; inconformada com minha inconformidade... - A propósito, há muito não venho aqui em função dessa minha “desordem psicológica”, a que resolvi chamar inconformidade. - E ela é tanta, tanta que não sou capaz de (me) expressar.
Clarice (a Lispector) dizia algo do gênero: há coisas que não se exprimem com palavras. (Talvez porque palavras se comandam até certo ponto; sentimentos, não). São essas ‘coisas’ que ando sentindo descontroladamente.
Clarice (a Lispector) dizia algo do gênero: há coisas que não se exprimem com palavras. (Talvez porque palavras se comandam até certo ponto; sentimentos, não). São essas ‘coisas’ que ando sentindo descontroladamente.
[...]
... é MEDO mesmo, com letras garrafais!
Já andei me perguntando, e pesquisando, se isto não seria um tipo de síndrome do pânico. Mas, não! Posso ser muita coisa - além de louca - mas hipocondríaca não, (ainda não)! Om Namah Shivaya! (Um adendo: o desenho de Shiva que fiz em minha parede é algo por que estou apaixonada atualmente – além de “um certo tal aí” que andou mexendo muito comigo, mas não vem ao caso – ele ficou lindo (o Shiva!) e eu o cumprimento sempre (coisa de gente louca mesmo) com o referido mantra “Om Namah Shivaya”, estendendo-lhe a mão direita, como ele mo faz permanentemente (claro, já que é um desenho, né?) – Ah, sobre o mantra, se quiser saber, vá procurar, porque estou bem pouco explicativa no momento. Pois estou a buscar algo e não a dar...)
[...]
Agora releio e vejo quanta bobagem escrevi. O Ser Humano é mesmo um saco de tripas ambulante, que só usa 10% do cérebro (no meu caso, 5%! Ou, no máximo, 7% - que é meu número favorito - devido à ausência de memória a longo prazo)... Enfim, tendo algum sentido ou não, o fato é que ao cabo disto (adoro estes termos quase obsoletos!) sinto-me um tanto melhor. E apesar de saber que essa história se repete frequentemente (ahhh, outra coisa de que poderia falar: a palhaçada da reforma ortográfica, que me deixou bastante irritada; mas como não há o que possa fazer, acabo cedendo também a isto e ofereço, pois, o frequentemente, absurda e ridiculamente, sem o querido TREMA)... Apesar de saber que a história se repete, entrego-me às lamúrias sem resultado de sempre, apenas por gosto de martírio - só pode ser. (Bem, se isso não é ser, de certa forma, hipocondríaca, eu continuo negando a qualidade...)
Enfim (de fato), that’s all; estou com um considerável sono (são exatamente 21h, de uma sexta-feira em que pretendia fazer algo, além de ficar em casa pensando bobagens!!!) e mesmo que eu não durma (e isto é outro problema que preciso tratar), deitar-me-ei para ler umas páginas de Machado, e amputar, quiçá, com este, um pouco de minha existência insignificante que agora se retira e despede-se (nada) sutilmente.
Até a próxima.
PS: Ah, o trecho musical, e final, de praxe! E já que estou ouvindo Chico, lá vai:
Até a próxima.
PS: Ah, o trecho musical, e final, de praxe! E já que estou ouvindo Chico, lá vai:
“Todo dia ela diz que é pra eu me cuidar/ Essas coisas que diz toda mulher...”
(E eu sei quem é essa: certamente, minha consciência...)"
(E eu sei quem é essa: certamente, minha consciência...)"
*página d'O Diário, com longos cortes - já que mais desnecessários que estes.