quinta-feira, 23 de setembro de 2010

*ca[fé]



quantos labirintos de silêncio
e/ou caos,
sacro suco dos meus dias,
desmaterializa-me
tua negra magia?
que canção [a]guarda
[em] teu perfume
o mais puro ritmo da fantasia?
esta com que valsam
minhas insones companhias.
tua calidez,
no cálice das horas,
derrama-se
– unção –
por todo o meu espírito...
bebo-o, grave.
no teu breu, deslizo,
qual suspenso mar
no abismo metafísico da noite
– batizo-me.

*d'o meio do avesso.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

corpoesiamor


pra falar de amor
não há
que se dizer palavra.
pra falar de amor
não posso
nem dizer amor.

[meu amor é todo corpo
não-conceito, não-verbal...]

leio-me de pele
e faço versos de arrepios:
meu amor é todo corpo
– um alfabeto de sentidos.