terça-feira, 20 de julho de 2010

Num Feliz Dia do Amigo!

Certa vez, li que amigos são como estrelas: presentes, até quando além ‘das vistas’.

Além disso, surgem quando têm de surgir. Permanecem pelo tempo que têm de permanecer [nem adianta tentar interferir]. E, ainda assim, fazem-se eternos, porque de sua matéria final [fusão], novas estrelas são geradas... – novos eus?

Por isso, [não importa se, em mim, nasceram há meses ou anos-luz] pinto as minhas estrelas com a mais cara tinta que tenho: meu amor!


Mega obrigada a:

Mamily [MEU TUDO: pólen água luz e ar!]; Ju [minha eterna-mestre-amiga; orgulho sem fim!]; Tati [ah, nem sei... meu amuleto precioso; infinito doce-de-ser!]; Anati [minha coluna mestraaa (hahaha); minha sobriedade; minha polia!]; Ama(n)dinha [caraleo (haha), estrela-dercy-guia da minha vida!]; Saritah (Ingrid) [minha pequena notável; minha 2 em 1 (haha)!]; Val [presente lindo dos céus; terceira mãe solicitude delicadeza num só pacote de ser!]; Marcita [meu laço de seda; barquinho de dádivas no mar da vida!]; Rê [ahh, a infância que não tive (haha); minha Barbie (brunette now) mais curiosa em tamanho real!]; Ci [minha nipônica do sul! >.< ; meu principal objeto de irritação! haha]; Laylinha [meu achado sem ter perdido; doce-de-coco com raspinhas de nirvana!]; Marbier [aiiiii... estrela maisquelinda com brilho de poesia; arco-íris da minha estradinha!]; Li [quáaaa! (rsrs) minha floranímica; minha “parte que não tinha”!]; Cy [flô de candura da minha vida; raio de sol na minha janela!]; Camilinha [bonequinha da minha estante; companheira-gêmea-mor de angústias-e-desvarios!]; Xay [figurinha-mor do meu álbum biográfico; nerd caçula! ^^]; Fabiii [loucadepedra mais cara-de-pau da minha estrada! haha “ai, Beth!”]; Marcinha [pimpinela cabotina mais xoxadora (haha) do meu coração!]; Mari [guia-da-minha-saga-estagiária; nerdinha queriiida! rs]; Lu [peixinho do meu aquário (‘camarada d’água’!); anjinho da minha prateleira de mimos!]; Wall [wÓllocutor dos meus ouvidos; doçura caramelizada de ser!]; Paul [ah, meu minidicionário filosófico de cabeceira; pedacinho de bolo confeitado sem dia de festa!]; Celo [meu cartãozinho de visita; léxico polidor do meu alfabeto de granito!]; Allan-tico [açuquinhar dos meus dias; brilho dos meus olhos fraternais!]; Nuelinda [fada poetisa mais hard-rock da minha vida! rs]; Luuu [minha rádio e ‘lifestyle’ alternativos favoritos! o/ ]; e Calinho [gasparzinho meu rs; cosmopoetinha do meu céu].


quarta-feira, 14 de julho de 2010

"Correndo com tesouras"



“Eu não tinha nada em comum com aquelas crianças. Elas tinham mães que
mordiscavam tirinhas de cenouras da finura de um fósforo. E eu tinha uma mãe que comia fósforos. Elas iam dormir às dez da noite, e eu estava descobrindo que a vida podia continuar muito depois das três da madrugada...”
(p.82)

A primeira vez que vi este filme foi há uns dois anos ou mais. Zapeava a TV, quando passei por um canal – que nem lembro – em que Avril Lavigne atuava (pensei: putamerda, essa guria também é atriz?!); continuando a assistir, porém, percebi que não era ela, mas Evan R. Wood (tava IGUAL!). Passada, pois, a surpresa, apesar do filme já começado, embarquei na história da família Finch – na qual ninguém havia de muito normal (ou nem um pouco). E falar disso é essencial, porque além de o patriarca da família, o Dr. Finch, ser um terapeuta psiquiatra (nada convencional), o filme abarca essa temática.

São numerosas as questões para comentar, mas esclarecendo um pouco de tudo (agora que, anos depois, comprei filme e livro quando os descobri!): traçando um paralelo entre as duas obras, o enredo baseia-se no dilema de Augusten Burroughs, um adolescente, cuja mãe (seu ídolo desde pequeno), Deirdre, louca (literalmente) por se tornar uma famosa poetisa, tem disfunção bipolar; desmorona sua imagem de ídolo e amputa a infância de um filho não menos... perturbado. Este, cujo pai, Norman, um professor, – alcoólatra – nunca foi muito presente; que, com o passar de anos e incontáveis brigas matrimoniais, após separar-se de Deirdre, torna-se ainda menos.

O jovenzinho, que é cheio de manias (como polir objetos metálicos, manter o cabelo sempre perfeitamente penteado, não permitir um fiapo sobre a roupa etc), em decorrência de todos estes problemas, e com a agravada doença da mãe, acaba sendo “dado” para adoção ao próprio médico da mesma, o Dr. Finch (!). Quando Augusten chega ao seu “novo lar” é que toda a comédia (apesar do drama sobreposto) se inicia. A mansão cor-de-rosa, e decrépita, em meio a uma rua de imaculadas casas, será a metáfora/metonímia da Loucura – como em O Alienista, de Machado de Assis.

Lá, também são assistidos pacientes do Dr. F., alguns dos quais acabam assistindo (!) de vez com a família, que é composta por aquele; Agnes (sua esposa, talvez a menos louca); Hope (filha mais velha, que tudo pergunta à Bíblia); Natalie (a mais nova, pseudo Avril – rs – que vive em conflito com Hope); Pooh (um menininho adotado, que faz coco na sala); uma nação de baratas que habita, sobretudo, a cozinha; uns gatos que compartilham a ração com Agnes; e Loranne (esta só no livro – uma paciente neurótica obsessiva compulsiva por limpeza – imagine!).

Augusten (ah, ele é gay!, e deseja ser cosmetologista – alguns diriam cabeleireiro, mas...) envolve-se com outro filho adotivo dos Finch, Neil Bookman, que não mora com eles – pois, revoltado por não ter um quarto na casa, saíra dela. Enquanto isso, Deirdre também alimenta um caso homossexual, o que causa ainda maiores conflitos psicológicos ao adolescente, que já supunha ser uma doença (genética) a sua sexualidade.

Em plena década de 70, com seus 16 anos, Augusten reflete uma vida arbitrária (porque sem rédeas), regada a drogas e bebidas alcóolicas – apesar de não ser um mau menino. A falta de equilíbrio – em todos os sentidos – na casa dos Finch desperta-lhe a necessidade de figuras que o amparem, que o guiem ou que, ao menos, o coíbam de determinados atos, o que todo pai e toda mãe o fazem (ou, ao menos, deveriam). Então, ele foge para seguir a desejada ‘carreira’ (mesmo não tendo, praticamente, estudado) na grande cidade de NY... (mas acaba virando escritor; não dos grandes, mas um).

Então, correr com tesouras, um risco que quaisquer pais não permitiriam aos seus filhos, torna-se nada mais do que recortes da aventura que é a própria vida (?)!

terça-feira, 6 de julho de 2010

Ainda em linhas telefônicas...


Há uns 10 anos, ou um pouco mais, antes de a Oi ser Telemar e a Telemar era Telerj, quando telefone residencial era a última sensação dessa, a diversão maior lá em casa – por parte dos primos – era ligar só para testar o atendimento de Seu Djalma e Dona Jurema (os avozinhos).
A gente sempre ralhava*: Não é assim que se atende telefone, vô (ou papai, diziam minha mãe e minhas tias)! Qualquer dia, um conhecido vai pensar que a ligação extraviou e foi parar num morro desses daqui perto! Ou pior: denunciam e, quando vir, ‘tá a polícia batendo aí na porta! É só dizer Alô! Não é tão difícil.
E lá estávamos nós sempre a fazer os testes. Mas, que nada, não adiantava! Seu Dudu (como era chamado) não abria mão da peculiar frase, na sua voz de trovoada que fazia chorar quaisquer recém-chegados à família que lhe eram apresentados... voz de que até hoje nos lembramos saudosos.
Dona Jurema, por sua vez, nos preocupava quanto à qualidade da linha. Ouvíamos o característico tom de chamada. Uma, duas, três, quatro vezes... e, de repente, o silêncio. E éramos obrigados a indagar: Alô? Ao que ela respondia em uma cadência malemolente de senhorinha de propaganda da Embratel: Prooonto... E aí começava a nossa ladainha**: Quem fala primeiro é a sra., vó, porque foi quem atendeu. E ainda ouvíamos a malcriação: quem 'tá ligando é quem chama; ele que diga, ora pombas!
E relevávamos, porque, no fundo no fundo, ela até que tinha certa razão. Mas o que, até hoje, ninguém nunca entendeu muito bem é por que Seu Dudu sempre trovejava ao chamador***: QUALÉ O PÓ?!!!



*, **, ***: os termos pertencem àquele vocabulário saudoso dos avozinhos já falecidos. :-(