terça-feira, 26 de julho de 2011

Sigmund



a fruta ,
em instantes, devorada
bateu no estômago do tempo
um mal-estar profundo...

entre as pernas
[que atravessam apressadas]
a fruta apodrecida
é o mundo...?


sábado, 16 de julho de 2011

amor-tece-dor



mil e uma peças tem o coração.
bate, bate, bate... maquinal
nesta vida de amor industrial
cuja autoridade máxima é a razão.

tão subordinado o pobre coração.
bate, bate, bate... maquinal
sem carteira ou renda mensal
a fabricar produtos de emoção.

pelo tempo das Revoluções Internas,
quebram-se legislações falidas;
nas indústrias das paixões eternas

sempre há casos de ilusões perdidas.
então, nova peça recompõe as pernas
das más emoções [(de) amor-]tecidas.



quarta-feira, 6 de julho de 2011

haikais




pseudo-companhia

o café, pela manhã,
tem, no meu quarto,
o calor do teu abraço.


visita

de mim saudosa,
me procuro pela casa
que nunca foi minha.


metapoeta

no espelho, eu
fiz um verso solitário
reflexo meu.