mil e uma peças tem o coração.
bate, bate, bate... maquinal
nesta vida de amor industrial
cuja autoridade máxima é a razão.
tão subordinado o pobre coração.
bate, bate, bate... maquinal
sem carteira ou renda mensal
a fabricar produtos de emoção.
pelo tempo das Revoluções Internas,
quebram-se legislações falidas;
nas indústrias das paixões eternas
sempre há casos de ilusões perdidas.
então, nova peça recompõe as pernas
das más emoções [(de) amor-]tecidas.
9 comentários:
Este belíssimo poema foi tecido, assim suponho, em terrenos machucados por uma desilusão. Estou errado? E por nutrirem-se nessa desilusão as palavras que o compõem estão enlaçadas, semanticamente, como amantes. Este poema lança alguns caminhos para refletir sobre a linquidez do amor nos tempos (pós)modernos: o amor industrial, que produz aparências e ao qual o coração-operário está subordinado. Esse amor é o amor da descartabilidade e seus produtos, uma vez consumidos, por um tempo breve, podem dar lugar a outros "produtos de emoções".
Alguns racionalizam o amor; Nós emocionalizamo-lo!
Beijos carinhosos!
Gostei do trecho "bate, bate, bate... maquinal"! É o próprio automatismo alienante do proletário... Não consigo deixar de pensar em "Revolução Industrial", quando leio "Revoluções Internas". É possível? rsrs
Adorei o poema!
Beijos!
e quem sou eu para dizer que suas elucubrações fogem às minhas insinuações poéticas?!
;)
obrigada sempre!
beijobeijo
*tô bem melhor! =)
Que razão chata essa.
Perfeito texto.
JC
jota,
que saudade de vcs.
que triste novidade a que constatei... =(
sigamos, né?
um beijo
Que bela e genial poesia!
Parabéns!
preciso de novas peças...
já encomendei... (comigo mesma!)
adorei-ei-ei, florinha!
(L)
Li.
Que beleza,é sentimento puro,melhor que a cerveja deixada de lado pra ler.Desculpe a ausência,estou rodando fora da órbita,saindo pela tangente talvez.Em breve tô de volta,mais provável fim de mês,enfim,bela.
abraço quente e muito carinho.
o bom é que, sendo consumidores, somos [obrigatoriamente] produtores, florinha! ;)
beso!
.
amorinho,
desculpo sempre - por nada! =P
se cuide!
abraço-pulo!
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