quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Depois



No centro da mesa
Torta
Pende a natureza
Morta;

E nessas paredes
Escuras
Já não mais o verde
Madura;

No portarretrato
Uma foto
Não traz o passado:
Desboto.

Teus olhos me olham
De esguelha
Ausência me molha -
Vermelha;

Enquanto ponteiros
Se invertem
Na cama, esteiro,
Sinerge

E escorre minh'alma
Vazia
Da vida que espalma,
Esfria...

10 comentários:

Anônimo disse...

Alguns poemas parecem canção, nos inundam mesmo quando mostram tristeza.. nos transbordam com toda a rima.

Saudades de vim aqui!

Beijão!

Notlim Santiago disse...

Belíssima cena
destrinchado
nesses versos de poema =)

PAssnado pra visitar! gostei bastante
Parabéns pelo blog!

Visite os aspirantes
http://aspirantesapoetasurbanos.blogspot.com.br/

Fred Caju disse...

Que foda esse!

Fabrício César Franco disse...

Rafaela,

... Como já disseram aqui, este poema parece uma canção. Doída, funda, rascante: sinal de quem não se contenta com o pouco, mas que sofre à míngua (quem não?) quando (enquanto?) não encontra outra saída.

Ainda que doloroso, gostei muito. Certas verdades precisam ser ditas e compartilhadas.

Beijo!

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Caros,
Acho q a inspiração musical é muito presente no q escrevo; já q, qdo o faço, geralmente estou ouvindo música...

Obrigada a todos os gentis.

Bjos

Daíse Lima disse...

Já pensou musicar?

Adorei!!!

Abraços!

Anderson Lopes disse...

Belíssima contrução! Bem musical mesmo...

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Caros,
Um beijo grato!
Ando ausente, mas volto..

Mateus Medina disse...

É chegado o tempo do fim...

bjos

Anônimo disse...

Esse lance de emergirem as duas em uma só mulher é uma questão de complementariedade. Acho que não deve ser ruim..rsrs.

Beijos!