Braças para o alto
Enfileiradas...
Por trás do gradeamento arbóreo
Dedos em gotículas dispersas:
Longos, médios, ínfimos...
Espargindo em risadas infinitas
Cócegas benditas – a jorrar.
Em tom mesmo; em ritmo inalterável:
Risos com som de mar.
Quiçá não dançariam?
Bailarinas ritmadas, alvas faces, risonhas...
Pontuando sinfonias
De algum caro gênio
Que eu não sei sequer dizer-vos quem...
E o mundo, ao redor, estático:
As pequenas selvas,
A meus pés, sem respirar;
Nuvens cinzas, carregadas,
À cabeça, a pairar.
Vez ou outra, apenas, uma folha ressecada
Caía de um galho fino
E nós todos, ao balé risonho, assistindo
Em gesto fixo...
Pobre, pobre alma
Tão tristonha
A contemplar esta galhofa-chafariz,
Enquanto se esquece...
Enquanto vê se esquece
De que mesmo que chora.
*Imagens: "Praça da Yoga" [nomeada por mim], aos fundos do Shopping Downtown.
8 comentários:
Que lindo, Rafa! Lembrei da Clarice... "Para me refazer e te refazer volto ao meu estado de jardim e sombra
fresca realidade, mal existo e se existo é com delicado cuidado.
Em redor da sombra faz calor de um suor abundante. Estou viva.
Mas sinto que ainda não alcancei os meus limites"... Bj
lindo, lindo isso, Mar! :)
beijo
Bonito.
grazie!
?
^^
Rafaela,
tenho lido "Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres" e chorado desesperadamente... o que faço?!
...
Bjo.
talita - preciso de um apelido pra ti, não curto chamar ngm pelo nome "/ - ok, menininha rs,
se o choro for de identificação... chore, pois!
se for de... medo/dúvida/angústia/descoberta (!), idem!
se for de 'momento-sensibilidade-mode-on', ibidem!
o choro tb é uma forma de expressão... q ñ só o corpo entende. ;)
besos
Rafaaaa... kd???
Parabéns , trabalhei no dontown e nunca parei para observar tudo aquilo
,sempre achei muito sombrio ,falta de calor ,uma natureza carecendo de
humanidade , gostei da visão do maracanã e com gente com necessidades ,
tudo é muito lindo e bem feito ,com carinho e capacidade . beijos .
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