domingo, 27 de outubro de 2013

Por que

Cecília canta
Porque o instante existe
Canto eu
Porque sou inconstante;

Drummond verseja
Porque nascera gauche
Versejo eu
Porque não sei quem sou;

Clarice escreve
Porque não sabe o peso da luz
Escrevo eu
Porque percorro o escuro;

Pessoa finge
Porque um Poeta
Me finjo
Porque isso é meta...

10 comentários:

Anderson Lopes disse...

Que coisa boa de ler! Um poema tão singelo e tão grande!

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Anderson,
Grande é a gentileza do olhar. :)

Um bjo

Fabrício César Franco disse...

Rafaela, poetisa:

... Sábias escolhas de com quem se comparar; assim, temos a noção de para onde olhar, quando buscarmos alicerces no seu caminho poético. Contudo, já percebo, desde algum tempo, que seu talento é único e que, malgrado seus motivos serem diversos, a poética também lhe é companheira (assim como fora de todos os poetas citados).

Beijo!

Fred Caju disse...

Leminski escreve e pronto. Tô com ele. Beijão.

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Franco,
são estes meus grandes inspiradores msm. :)
Obrigada pela perscruta de meus versos...

Bjos

.


No fundo, ele devia ter razão, Caju.

Bjo

Jéssica do Vale disse...

Esses porquês...

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Movem, ao menos... (?)

Bjo, Jess

Unknown disse...

Essas intertextualidades nos deixam claro o quanto os grandes poetas estão em nós. A poesia calada deles faz com que gritemos. De cá, ouço sua inspiração.

Beijos!
Saudades daqui!

Rafaela Gomes Figueiredo disse...

Lu,
São, verdadeiramente, deles os ecos do q escrevo...

Um bjo saudoso tb

Aprendiz do amor disse...

gostei demais haha, muito bom!