De onde eu fico
Na incerteza do clarão
Não há nada definido;
Sob o sol reluz
Alguma via em desalinho
Por onde eu vou;
A luz é, ora, fraca
E ora deveras forte
- Semáforo delicado de vida;
Qual água e óleo
Razão e Dúvida coexistem
Em minha instabilidade...
6 comentários:
Rafaela,
Que petardo! Numa ilusória imagem de docilidade, vem um texto lancinante, trazendo à tona - 'punctum saliens' - a incongruência idiossincrásica da poetisa. Magistral, para ser lido e relido várias vezes.
Beijo!
Franco,
vc enriquece minhas palavras com as suas e sua reflexão genuína.
acho q o sentimento pungente emerge na poesia quando lateja assim dentro da gente e sai rasgando qualquer polidez, se isentando de métrica, rima e lírica... como o fora este.
obrigada sempre por sua luz em tempos negros.
um beijo, poeta
Acho que a língua portuguesa devia confiscar o chiaroscuro para si.
Acho válido, Caju.
Há tanto estrangeirismo barato já no dicionário...
Bjo
O claro e o escuro compondo um poema cheio de significados!
Como a vida, Anderson...
Um bjo
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