Não há razão para o Poema:
Escrever é rabiscar
No agora
O que não cabe
No amanhã;
É observar o risco
De uma estrela cadente
Na textura celeste,
De onde despenca, a cada instante,
Uma nova hora e era.
Porque no Tempo somente,
Este profundo e inacabado Caos,
Nasce, inesperadamente, a essência
Incompreensível
Da eternidade...
6 comentários:
Do caos, a essência e o agora que cabe no rabiscar.
De um pequeno ponto, você expande.. e suas palavras acabam indo além.
Um beijo.
Estou assinando embaixo.
Em todo texto, seja em versos, seja em prosa, há uma frase ou palavras que servem como "gatilho" para a interpretação. Algumas palavras me chamaram atenção em seu poema. São elas: "rabiscar", "risco" e "textura". Elas ativam um campo de experiência relacionado ao "escrever". Escrever, essa atividade tão complexa, para muitos, até difícil, é definida como uma atividade infantil (as crianças rabiscam). Textura tem sua origem em "texto". A estrela cadente pode ser entendida, a meu ver, como a inspiração que traça um risco no "texto celeste".
Inexorável é sinônimo de tempo, não é? E a eternidade? Uma implosão do tempo, a negação da temporalidade, ou uma palavra sem sentido? Porque afinal vivemos nos limites austeros do tempo...
Poetisa,
Concordo, totalmente, com a mensagem do seu poema. Mas o que mais me encanta é como, fazendo valsar as palavras na superfície branca da tela (e do papel, bem sei), você reconstrói nossa percepção para as verdades poéticas dessa vida.
Beijo!
Lu,
gentil! Obrigada.
Bjos
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Tamu junto, Caju!
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Amigo,
Justo! Sabes q gosto desse tecido ou tela celeste, onde desenho ou rabisco todos os pensamentos, q - tal qual - são imensuráveis...
Beijão
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Franco, poetíssimo,
uma honra essa minha, então, condução nas viagens da palavra.
Um beijo grato
Inexorável Tempo.
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