segunda-feira, 22 de abril de 2013
Pormenor
Quando eu velha for,
Os meus versos de dor
Não caberão à realidade
De mi'a curta mocidade
E as muitas páginas vazias
De mi'as remotas alegrias
Serão, no silêncio adormecido,
Sonhos que não foram lidos...
E esse meu estranho jeito
Ensinar-me-á ao peito
Que a saudade, sim, é triste
E que ela hoje não me existe;
Lá, eu sentirei - quieta -
Da que não que havia, mas me fez poeta.
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14 comentários:
Poetisa,
Admiro muito quem ousa o soneto. Difícil, encroado, como se a desafiar a própria língua (quem consegue se adestrar ao ritmo, às rimas, ao fazer sentido dentro desses limites?). Você conseguiu. E eu fico, novamente, encantado com seu talento.
Beijo!
Franco, querido,
tb acho o soneto um risco, então me arrisco...
Qualquer elogio vindo de ti me deixa mais do q grata; fico honrada.
um beijo grande
Eu também tenho essa admiração por quem desafia escrever um soneto. Admiro essas formas exatas que o texto poético oferece e que remonta às "escolas literárias" que muitos hoje desconhecem.. eu não sei fazer isso, juro! Eu só sei escrever de qualquer jeito..sou modernista demais..rsrs.
E você o faz de forma singular, entrelaçando um antes e um depois que se pode haver. Só adoro demais o que escreves!
Beijão!
Lu,
tb sou mto adepta e mais ambientada aos versos livres! :)
Fico msm mto feliz pelos olhares q recebo aqui: estimulantes.
Um bjo grato
Se a juventude é curta, curta.
A vida sempre será poética.
Até mesmo sua morte, será.
Vero, Caju!
Como digo: a vida é finda; não linda!
Bjo
.
Mas a poesia é eterna. Ainda bem.
Bjo, Jéssica
Bonito!
Saudade e poeta andam sempre juntos. E quando não, o poeta a inventa.
bjos
sim, Mateus:
'saudade: sal e dor, q o vento traz'...
e a gente segue cantando.
abraço grato
Verás que foi uma grande poeta
Quando a velhice chegar
e encher o teu peito de saudade...
Gentileza este 'grande'.
Abraço!
Esse é um traço do poeta, que é gente que sente tão fortemente.
Lembrei-me de um dos primeiros do mestre Bandeira que ouvi, e me atingiu tão fortemente que fiquei ruminando por um tempo (acho que até hoje)
Eu faço versos como quem chora
De desalento, de desencanto
Fecha o meu livro se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto
Meu verso é sangue, volúpia ardente
Tristeza esparsa, remorso vão
Dói-me nas veias, amargo e quente
Cai, gota a gota do coração
E nesses versos de angustia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca
Eu faço versos como quem morre.
É isso, poetisa!
Will, querido!
Vc acertou na veia. Meu livro chegando, vc notará. ;)
Por sinal, perdão: ainda não fui ao correio. Mas irei!
Beijos
=]
Claro!!!
Eu resolvi voltar aos meus 12 anos e fazer um poeminha rimado lá no sobrepassos...
depois da uma conferida.
beijão!!
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