segunda-feira, 16 de julho de 2012

chhhhhhhiste


nenhum níquel
combustível baixo...
nível zero
na escala do poema.
hoje, na cidade,
sol não despe seu pijama:
chuva corta
a tumidez dessa segunda-feira;
tempo escorre,
a fundir vidros de janelas;
a parede fria
umedece as cores quentes
das cortinas;
pensamento espia,
atento aos sentidos...
e, nas esquinas,
sapatos cantarolam
em co[u]ro
pela poesia que se empoça
- e me fia.

7 comentários:

Mamily disse...

Tá inspirada hoje hein!!

Bjos.

Bruno de Andrade Rodrigues disse...

Este poema deve ser lido debaixo da coberta. Se lhe desse o título "pijama de palavras", também lhe cairia bem. Ele veste bem essa segunda-feira fria, que convida a preguiça a se deitar junto da gente. Sua sensibilidade para apreender esse fragmento do cotidiano está aí desnudada e aquecida no conforto desses versos. Prova de que não há hiato entre a poesia e o viver comum.

Beijos!

Fabrício César Franco disse...

Estive na cidade que seu poema construiu. As águas têm movido as pás da sua inspiração, ultimamente. Fluida, sua poesia tem me arrastado por correntezas de imagens, fluxos de grande prazer poético.

Um beijo, minha cara!

Rafaela Figueiredo disse...

essas chuvas/águas sempre inspiradoras, né?... =)

besos

Will Carvalho disse...

Senti a ponta do nariz gelar, me veio a vontade de puxar o cobertor e colocar as mãos - encolhidas - entre as pernas. O som das gotas caindo no chão foram trilha sonora pra quem lê esse poema.

Admiro quem consegue fazer isso. Parabéns!

Beijos

AquilesMarchel disse...

frio e chuva inspiram a todos mas poucos sabem traduzir, poesia fluída
me lembra trem parado na chuva não me pergunte porque

hoje, na cidade,
sol não despe seu pijama:



quantas imagens posso usar para compor esse verso e colocar no facebookm em dia de chuva? rs

Rafaela Figueiredo disse...

Will, querido,
é q poesia deve ser [vi]vida!

besos!

.

rs =)
[ins]piremo-nos, Aquiles!

um beijo