quanto sóis podem caber
nas mãos de um poeta?
quantos raios poderão nascer
de uma erguida caneta?
ah, que escura delimitação me cega!
mas se há noites derramadas
em luares, mais me faço certa
à extinta luz desta caverna.
a lua se me move em linhas retas;
o céu despenca em arcos paralelos
sobre mim, com seus cometas.
e as estrelas... ah! como dizê-las?
esses rútilos e efêmeros planetas
que me escapam entre os dedos...
pois há sóis de mais lá fora,
e, aqui dentro, os há de menos.
¹ do latim, quem escreve lê duas vezes. [d'o meio do avesso, p. 14]
6 comentários:
Se os há de menos, é pq a cada instante, tantos nascem e outros tantos morrem, na inconstância de ser poeta.
Algumas palavras são luz na quarto escuro, lua cheia no [ser]tão negro.
bem pensado... assim como as estrelas[?]!
beijo sempre muito grato, Will.
Estranho... Postei um comentário aqui faz dois dias e ele, aparentemente, desapareceu. Volto a tentar...
Ouso discordar de você, Rafaela. Há muitos sóis aqui fora, mas os há mais dentro de você: afinal, poeta é como uma galáxia, com infinitas estrelas a guiar o caminho das palavras.
Beijo!
sim! até te escrevi um email comentando tal estranheza...
e volto a agradecer a visita e a nova tentativa! :)
beijo grande
Florinha amada, vi agora o seu post...
E eu adoro essa sincronicidade!
O teu livro... ah, o teu livro....... há tanto por dizer, que nem sei...
Sei que você é Poeta, com todo o significado de uma maiúscula.
Sei que minha admiração por você é crescente...
Sei que o que você escreve, me inscreve num círculo preciso de sentido...
Sei que te amo, minha amiga linda!
Te abraço!
Li.
eu ando meio retardada emocionalmente...
nem sei que tom usar para agradecer isso e tudo o mais que representa para mim!
mas sempre [man]tenha em mente que eu amo vc e sei da minha felicidade enorme por isso!
um abração, amiga!
(F)
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