Ainda me lembro daquela madrugada. Tentávamos nos despedir, havia quase três horas, no portão de casa. As mãos não se soltavam, tampouco as bocas, ainda pouco íntimas; sedentas uma da outra. Sobre nós, o orvalho derramava seu álgido hálito, e nos aquecíamos no abraço. No intervalo em que os olhos se encontravam, só diziam uma coisa compreendida no silêncio...
Cheguei a empurrá-lo umas duas vezes, para que partisse, enfim. Mas me beijava, delicadamente, o pescoço; arrepiava-me o corpo, mantendo-me junto de si.
O quintal, pouco iluminado pela parca luz do poste da rua, propiciava o clima. Foi quando outra luz - do pensamento - fez-me, de repente, puxá-lo pelo braço e, portão adentro, arrastá-lo ao corredor externo, que conduz à área, aos fundos. Tropeçamos nos vasos de plantas da minha mãe, espalhados no caminho, mas chegamos ilesos. Havia pouco mais de duas semanas que nos conhecíamos e estávamos no corredor escuro da minha casa! - ambos plenos de intenções.
Com ruidosa abertura do tal feltro do seu bolso da bermuda, retirou uma pequena embalagem aluminizada. Mostrou-me. Sorri. Sorrimos. Encostado na parede, me puxou pela cintura e beijou-me com vigor. As línguas misturavam-se; umas mãos abriam zíperes com urgência; outras rasgavam a pequena embalagem... Virou-me; amparei-me na parede em frente e, com espantosa perfeição, moldamo-nos, ali, um ao outro. O orvalho, então, nos bafejava. Era uma noite estrelada...
Foi a primeira vez que nos dissemos amor sem nos olharmos nos olhos.
Cheguei a empurrá-lo umas duas vezes, para que partisse, enfim. Mas me beijava, delicadamente, o pescoço; arrepiava-me o corpo, mantendo-me junto de si.
O quintal, pouco iluminado pela parca luz do poste da rua, propiciava o clima. Foi quando outra luz - do pensamento - fez-me, de repente, puxá-lo pelo braço e, portão adentro, arrastá-lo ao corredor externo, que conduz à área, aos fundos. Tropeçamos nos vasos de plantas da minha mãe, espalhados no caminho, mas chegamos ilesos. Havia pouco mais de duas semanas que nos conhecíamos e estávamos no corredor escuro da minha casa! - ambos plenos de intenções.
Com ruidosa abertura do tal feltro do seu bolso da bermuda, retirou uma pequena embalagem aluminizada. Mostrou-me. Sorri. Sorrimos. Encostado na parede, me puxou pela cintura e beijou-me com vigor. As línguas misturavam-se; umas mãos abriam zíperes com urgência; outras rasgavam a pequena embalagem... Virou-me; amparei-me na parede em frente e, com espantosa perfeição, moldamo-nos, ali, um ao outro. O orvalho, então, nos bafejava. Era uma noite estrelada...
Foi a primeira vez que nos dissemos amor sem nos olharmos nos olhos.
9 comentários:
Sinceramente, não conseguiria descrever tão envolventemente o amor como você o fez neste texto. A cena representada em suas palavras assemelha-se a uma cena literária realista, com certo tom moderado do romantismo.
E o que nos fica a bater na alma são lembranças como essas, dos momentos em que nos entregamos, em que ignoramos o mundo e resistimos às suas solicitações. A necessidade de partir e o desejo de permanecer; o superego que manda e o id que só deseja. E o amor como conciliador do conflito. E o amor como urgência, como satisfação inadiável, relutante, como necessidade de vida e felicidade!
Adorei!
Suas palavras me embalaram!
Beijos!
AIIII RAFA tá q ta hein... amei
ai eu n sigo nenhum blog acredita? como eu faço isso? rs q horror né ... adoroo o seu, qndo vc me manda algo rs
Amor, essas suas palavras fez que um filme passasse um filme em minha mente lembrando de tal momento que foi o começo de tantos outros que vivemos e vamos viver. Seis meses com você, como passa rápido. Até hoje me vejo preso a nossos beijos, mesmo com tempo de sobra pra aprecia-lo, me vejo preso a ele querendo mais e mais deles, cada toque, cada olhas que damos me faz sempre que fecho os olhos lembrar de você, da gente. Foram seis meses felizes e escrevendo nosso livro sem fim... Um amor nasceu em mim e tal amor é esse que sinto por você Rafaela. Meu coração bate forte enquanto te escrevo porque o meu desejo agora é estar com você te dando beijos e te amando como não existisse o amanha. Não posso ser bom com as palavras, mas oque eu falo é de coração.
Fica aqui um recado e um Parabéns de um homem apaixonado por sua namorada/mulher:
Thiago Raphael de Farias,
Te Amo=D
Muito bem dito e comemorado.
Parabéns ao casal!
Que o amor vença sempre!
Abçs!
Wall
querido,
amar é mesmo se entregar.
e tanto mais... =)
beijão
.
amiga,
bem-vinda sempre! ;)
beso
.
amor meu...
[suspiro]
todos os beijos
.
amigo!
um abração com saudade!
Que lindo,envolvente,e singelo sim.Fez-me caminhar por entre romances ensaboados e os velhos livretos eróticos de minha mãe.Rafaela,não há nada como sua escrita.
abraço !
ps:parabéns,não pelo texto,mas por este momento e os outros que lhe sucederam.
meu flô,
se te tocou de alguma forma... então tem algum valor. =)
beijo grato e com saudade
Nossa, sem palavras. Foi extremamente envolvente essa postagem, flor. LINDA forma de descrever tudo. Aiai!... Parabéns milhões de vezes!
amada!
biju
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