Com toda dificuldade de transcrição...
Por muitos anos, quis que as pessoas fossem para sempre [bobagem: somos todos efêmeros?]... Para sempre na vida, aquelas que entraram nela. Não no sentido de permanecerem na lembrança, porque todas permanecem, até as que se vão. Mas no sentido de Verdade – se é que o termo filosófico distingue bem isto – porque e como aquilo que transforma... Quando o zelo é natural e presente entre elas; quando suas piadas bestas nunca perdem a graça; quando a máxima ”eu te amo” não se torna gasta ou banal ou meramente um propulsor para um “eu também”, mas um modo sincero e carinhoso de revelar: você significa muito para mim; minha vida é mais colorida e valiosa com você; há uma parte sua em mim, que ainda que eu não saiba dizer o que é exatamente, ou desconheça tanto ainda sobre sua pessoa, me traz a certeza (ou a sensação, que é o que vale) de que sou bem mais completa! E que, apesar disso, sempre haverá espaço para um pouco mais de você e de outras pessoas que ainda virão.
Por isso, uma escolha que fiz (a qual não ouso afirmar ser a melhor: cada um é cada um) é a de que (uma que já disse por aqui), apesar de saber que o “pra sempre, sempre acaba” (e o quanto isso doa – ser humano é isso, afinal!), tudo aquilo que um dia chegou, brotou, desenvolveu, modificou... me fez ser esse alguém melhor e não é, definitivamente, o melhor do que alguém, mas o melhor do que eu mesma o fui outrora. Dessa forma, embora com toda a saudade que lateje (e ainda bem que sim; isto significa que algo/alguém houve e a causou), compreendo a minha limitação – dentro da qual tudo, de bom e de ruim, acontece – como, paradoxalmente, aquilo que tenho de inesgotável: o vivido (ou vívido) sentimento. Porque isto, sim, nunca acaba e é, pois, a única coisa que me salva quando tudo o mais termina.
Que isto não seja, de maneira alguma, uma supervalorização do outro, mas um reconhecimento. Que não uma simples repulsa a tudo que há de supérfluo na vida [quase tudo o é?], mas uma forma de (auto)evolução/avaliação. Que você não concorde também, pois é importante, mas respeite como eu respeito aquilo de oposto que tanto lhe apraz.
É bom lembrar-se, porém, de que o que o outro lhe representa pode ser justamente aquilo que você, um dia, lhe causou.
Um beijo,
com 'férias' para o espaço mudandoeuvou.
12 comentários:
Rafaela,
Ainda que eu sinta que o texto tem um destinatário-ideal, que ajudou a plasmá-lo em vc, eu digo que há dignidade e cortesia em vc. Entre outras virtudes.
Beijo.
Rafélis causou espanto na minha vida acostumada de gente tão deserta.
Essa mulher é um oásis para onde sempre corro para matar a sede (e a saudade).
Amo!
ai, pq o q mais AMO na vida é essa arte do encontro _infinito enquanto dura..!
=)
linda!
beijo
.
amigo,
já estamos entendidos, né? rs
beijão
obrigada siempre
E o reconhecimento devia ser tudo a valer,sem tem que esperar retorno,apenas pra mostrar/demonstrar que realmente algo lhe vale,muito ou pouco não faz diferença,e tantas palavras,belas,no final representam um ato,o reconhecer,e devo dizer,como é lindo,enfim,belo,e fim.
abraço !
amorinho,
'brigada pelo carinho de sempre. e pela lindeza genuína.
bjin
...
com toda dificuldade de decodificação...
Um outro beijo.
Tatá.
Querida,
Como você é especial!
E eu, sumida até de mim, não me esqueço, nunca, de você.
Que essas estrelas todas que pipocam em sua mente, continuem a iluminá-la, sempre e sempre.
um beijo,
muito carinho e sempre!
Cynthia
Oi, linda,
tem postagem minha pra você lá no sol.
um beijo,
Cynthia
Obrigada pela msg; eu e minha incompetência para celulares. Mas amei, mesmo. Queria saber o que é que um anjo como você faz voando em cima de solos às vezes tão aturdidos, como o meu neste momento em que me encontro.
um beijo, queridangel.
Cynthia
meros encontros de asas?! pode ser?
;)
beijos
Rafa,
devo reconhecer e respeitar o seu talento para escrever e para ser digna.
Bj!
Wall
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