 EU ainda quero você. Sim! Mas, olha, vamos fazer diferente agora? Entre nós não há poesia: nossa comunicação não conjuga meios-termos. Me confundo toda com pronomes quando lhe falo, por exemplo – não existe um tratamento; próclises, mesóclises e ênclises não têm relevância alguma: minha língua não precisa de regências – só da sua! Você (só) sabe a minha tecla SAP. E, ainda assim, repare, insisto: falo mil linguagens e bobagens. Deixa as minhas falas, (des)coordenadas, se subordinarem à sua boca... adjetiva restritiva reduzida infinitivamente à minha. Deixa eu te puxar pela gravata (que adoro, acetinada, sempre a combinar com a camiseta de malha, por debaixo da camisa social alinhada); deixa eu arrancar teu paletó, em advérbio de-va-gar; me vestir, depois, com ele. Não, não toque ainda em nada! Nosso gosto em língua orelha peito, só... só desse jeito. Deixa eu lhe tirar o cinto preto e, no maior clichê, bater de leve em sua face imberbe. Deixa, no teu abdômen, seco, eu beber o – derramado sem nenhum cuidado – vinho tinto que você comprou, há pouco, no mercado. Mas continue aí deitado. Sabia que o botão da sua calça está gelado? E estas meias? Ora, tire, tire-as! Você veio ao mundo, agora, (só) para mim... Shhh, não fale nada. Deixa que apenas seja a minha voz a distinguir os vocativos de você. Só não deixa, no entanto, que, de hoje em diante, eu diga ainda que TE AMO.
 EU ainda quero você. Sim! Mas, olha, vamos fazer diferente agora? Entre nós não há poesia: nossa comunicação não conjuga meios-termos. Me confundo toda com pronomes quando lhe falo, por exemplo – não existe um tratamento; próclises, mesóclises e ênclises não têm relevância alguma: minha língua não precisa de regências – só da sua! Você (só) sabe a minha tecla SAP. E, ainda assim, repare, insisto: falo mil linguagens e bobagens. Deixa as minhas falas, (des)coordenadas, se subordinarem à sua boca... adjetiva restritiva reduzida infinitivamente à minha. Deixa eu te puxar pela gravata (que adoro, acetinada, sempre a combinar com a camiseta de malha, por debaixo da camisa social alinhada); deixa eu arrancar teu paletó, em advérbio de-va-gar; me vestir, depois, com ele. Não, não toque ainda em nada! Nosso gosto em língua orelha peito, só... só desse jeito. Deixa eu lhe tirar o cinto preto e, no maior clichê, bater de leve em sua face imberbe. Deixa, no teu abdômen, seco, eu beber o – derramado sem nenhum cuidado – vinho tinto que você comprou, há pouco, no mercado. Mas continue aí deitado. Sabia que o botão da sua calça está gelado? E estas meias? Ora, tire, tire-as! Você veio ao mundo, agora, (só) para mim... Shhh, não fale nada. Deixa que apenas seja a minha voz a distinguir os vocativos de você. Só não deixa, no entanto, que, de hoje em diante, eu diga ainda que TE AMO.quinta-feira, 1 de abril de 2010
2 medidas [II]
 EU ainda quero você. Sim! Mas, olha, vamos fazer diferente agora? Entre nós não há poesia: nossa comunicação não conjuga meios-termos. Me confundo toda com pronomes quando lhe falo, por exemplo – não existe um tratamento; próclises, mesóclises e ênclises não têm relevância alguma: minha língua não precisa de regências – só da sua! Você (só) sabe a minha tecla SAP. E, ainda assim, repare, insisto: falo mil linguagens e bobagens. Deixa as minhas falas, (des)coordenadas, se subordinarem à sua boca... adjetiva restritiva reduzida infinitivamente à minha. Deixa eu te puxar pela gravata (que adoro, acetinada, sempre a combinar com a camiseta de malha, por debaixo da camisa social alinhada); deixa eu arrancar teu paletó, em advérbio de-va-gar; me vestir, depois, com ele. Não, não toque ainda em nada! Nosso gosto em língua orelha peito, só... só desse jeito. Deixa eu lhe tirar o cinto preto e, no maior clichê, bater de leve em sua face imberbe. Deixa, no teu abdômen, seco, eu beber o – derramado sem nenhum cuidado – vinho tinto que você comprou, há pouco, no mercado. Mas continue aí deitado. Sabia que o botão da sua calça está gelado? E estas meias? Ora, tire, tire-as! Você veio ao mundo, agora, (só) para mim... Shhh, não fale nada. Deixa que apenas seja a minha voz a distinguir os vocativos de você. Só não deixa, no entanto, que, de hoje em diante, eu diga ainda que TE AMO.
 EU ainda quero você. Sim! Mas, olha, vamos fazer diferente agora? Entre nós não há poesia: nossa comunicação não conjuga meios-termos. Me confundo toda com pronomes quando lhe falo, por exemplo – não existe um tratamento; próclises, mesóclises e ênclises não têm relevância alguma: minha língua não precisa de regências – só da sua! Você (só) sabe a minha tecla SAP. E, ainda assim, repare, insisto: falo mil linguagens e bobagens. Deixa as minhas falas, (des)coordenadas, se subordinarem à sua boca... adjetiva restritiva reduzida infinitivamente à minha. Deixa eu te puxar pela gravata (que adoro, acetinada, sempre a combinar com a camiseta de malha, por debaixo da camisa social alinhada); deixa eu arrancar teu paletó, em advérbio de-va-gar; me vestir, depois, com ele. Não, não toque ainda em nada! Nosso gosto em língua orelha peito, só... só desse jeito. Deixa eu lhe tirar o cinto preto e, no maior clichê, bater de leve em sua face imberbe. Deixa, no teu abdômen, seco, eu beber o – derramado sem nenhum cuidado – vinho tinto que você comprou, há pouco, no mercado. Mas continue aí deitado. Sabia que o botão da sua calça está gelado? E estas meias? Ora, tire, tire-as! Você veio ao mundo, agora, (só) para mim... Shhh, não fale nada. Deixa que apenas seja a minha voz a distinguir os vocativos de você. Só não deixa, no entanto, que, de hoje em diante, eu diga ainda que TE AMO.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
 
 
9 comentários:
Rafaela,
Luxuoso.
;)
Beijo.
ou luxurioso (?)...
=)
beso
Caliente, hein!
Luxurioso é uma palavra,eu diria provocante e extremamente gostoso,o momento,os corpos lá,e a vontade os dominando,enfim,bela.
abraço !
ps:obrigado sempre por ser,ando também com saudades...
ADOOOOORRREEEEIIIIII!!!!!
Tu te puxa, mulher!!!!
E o que é isso??? "minha língua não precisa de regências – só da sua!"
DEUSA!
Lóviu more!
1 2 3 beijos ternurosos [!] nos meus amigos carinhosos!
amo!
ora, ora,
o que temos por aqui
: poema luxuoso luxurioso
a-poético
a-sintático
com "leves" traços sádicos (hehe).
Ai que eu adorei! Haha, bom demais!
E o fim, que re-vira-volta?!
Gênia, meu bjo!
AMO.
SAUDADONA!
Tatá.
in-te-li-gen-tér-ri-ma!!!!!!!!!
você é um gênio!
e a maneira de começar e terminar?!?!
EU (lá no início)
não deixe que eu diga ainda que
TE AMO (lá no fim)
Fantástico!
ps: espero, também, que você esteja bem e com tudo em ordem, apesar do caos urbano. Fiquei aliviada com sua msg.
bjs.
Cynthia
hahaha
leves traços sádicos foi ótimo, florinha! ^_^
*by the way: acho q 'alguém' andou passando por aqui. dps te conto!...
beso
.
cy da minha vida,
4 pessoas já me chamaram de gênio: vcs duas, minha mãe e outra amiga.
não conta: são todas lindas! =P
beijobeijo
Postar um comentário