"- Quando foi? - O quê? - Que você deixou de ser... a minha mãe? - Eu ainda sou. Ou não sou? - A minha mãe? - É. - É? - Eu não sei! - Não sei! - Nem eu! - Nem eu..."
Um barco. Espécie de aquário... Do pensamento ou do tempo (há diferença?). Espécie de bolsa... Amniótica? Um lugar, afinal, em que dimensões diversas se entrecruzam. Dois homens. Homens? Peixes? Seres. Matérias espirituais (com toda a contradição que isso constitui). Presenças e ausências coexistentes. Diálogos e incomunicabilidade. Intangibilidade e contatos (de vários graus).
O(s) universo(s) de Fishman: consagração daquilo a que chamamos Arte. Arte, porque ainda não criaram um nome - e eu não ousaria - para a maestria de uma mescla de gestos, expressões e verbos, como versos de uma poesia inefável.
Quem dera eu pudesse, pois, dizer ou escrever sobre a realidade (seria mesmo?) vivida naquela sala de teatro...
2 comentários:
Rafaela,
Fiquei curioso sobre a peça (?). De início, não nego, me afligiu, porque afogar-me sempre foi um medo atávico. Depois, pelas suas palavras, veio-me a curiosidade: será que eu gostaria de ver?
Beijo!
Queridos,
Nenhuma dúvida de q vcs adorariam! Depois de Simplesmente eu, Clarice Lispector..foi a coisa mais bonita q eu já vi na vida - não há hipérbole.
É um privilégio ter algo assim em um teatro popular como o CCBB.
Torço para que eles cheguem até suas cidades.
Beijos
Postar um comentário