Bem, quem jamais sentiu Clarice não sei se poderá entender meu gesto. Quem já a sentiu... desculpe-me a má [e hiperadjetivada] composição, mas que teço com mil dedos cardíacos.
O espetáculo [referido no título], que teve sua estreia nesta quinta, no CCBB aqui do Rio, interpretado por Beth Goulart – ESPLÊNDIDA, em superlativo absoluto e muito, MUITO exclamativo – foi a maior declaração de amor à grande escritora [segundo a própria Beth] e, possivelmente, a mais bela também.
O monólogo, para quem não sabe, foi criado a partir de trechos extraídos de livros, contos, correspondências e entrevistas realizadas com Clarice, e é dirigido e adaptado [diga-se de notável passagem] pela própria atriz. Esta, além do fabuloso alcance em semelhança física com Clarice e sua extraordinária interpretação, inunda a plateia com a demonstração de uma afinadíssima voz, em uma cantoria, a certo momento da peça – que é, inclusive, muitíssimo bem musicada por inteira.
Unido à Estrela [atenção ao trocadilho!], um singelo cenário, composto de um mínimo [mas essencial] número de objetos, é o que ocupa o palco durante os sessenta minutos permeados de luzes [sombras], sons [silêncios], movimentos e trocas de figurinos impecavelmente harmonizados, num sincretismo lírico de inegável perfeição, de que Clarice – de onde estiver – orgulhar-se-á tímida e ousadamente como ela só.
Como se não bastasse a maravilha, fazem-se relevantes umas pequeninas surpresas [ou Explosões!] que há durante o espetáculo, mas que não merecem “desvéu” aqui nestas linhas que vêm, apenas, incitar os que vierem ler tal singeleza a irem ver tal preciosidade.
Ao final [que, infelizmente, havia de ter], não sei se por não ter piscado, para que não perdesse nenhuma vírgula, exclamação ou reticências nos gestos de Beth, tinha eu os olhos inundados não só de poesia; sentimentos-palavras... mas de lágrimas. Foi quando percebi mais claramente o que Clarice diz com: “A arte é um vazio que a gente entendeu.” E, afinal, para ela, entender “não é questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato”.
Só quem sente entende, pois...
*foto tirada na ilegalidade da emoção incontida! ^^
**add desenho, feito por puro amor.
O espetáculo [referido no título], que teve sua estreia nesta quinta, no CCBB aqui do Rio, interpretado por Beth Goulart – ESPLÊNDIDA, em superlativo absoluto e muito, MUITO exclamativo – foi a maior declaração de amor à grande escritora [segundo a própria Beth] e, possivelmente, a mais bela também.
O monólogo, para quem não sabe, foi criado a partir de trechos extraídos de livros, contos, correspondências e entrevistas realizadas com Clarice, e é dirigido e adaptado [diga-se de notável passagem] pela própria atriz. Esta, além do fabuloso alcance em semelhança física com Clarice e sua extraordinária interpretação, inunda a plateia com a demonstração de uma afinadíssima voz, em uma cantoria, a certo momento da peça – que é, inclusive, muitíssimo bem musicada por inteira.
Unido à Estrela [atenção ao trocadilho!], um singelo cenário, composto de um mínimo [mas essencial] número de objetos, é o que ocupa o palco durante os sessenta minutos permeados de luzes [sombras], sons [silêncios], movimentos e trocas de figurinos impecavelmente harmonizados, num sincretismo lírico de inegável perfeição, de que Clarice – de onde estiver – orgulhar-se-á tímida e ousadamente como ela só.
Como se não bastasse a maravilha, fazem-se relevantes umas pequeninas surpresas [ou Explosões!] que há durante o espetáculo, mas que não merecem “desvéu” aqui nestas linhas que vêm, apenas, incitar os que vierem ler tal singeleza a irem ver tal preciosidade.
Ao final [que, infelizmente, havia de ter], não sei se por não ter piscado, para que não perdesse nenhuma vírgula, exclamação ou reticências nos gestos de Beth, tinha eu os olhos inundados não só de poesia; sentimentos-palavras... mas de lágrimas. Foi quando percebi mais claramente o que Clarice diz com: “A arte é um vazio que a gente entendeu.” E, afinal, para ela, entender “não é questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato”.
Só quem sente entende, pois...
*foto tirada na ilegalidade da emoção incontida! ^^
**add desenho, feito por puro amor.
12 comentários:
Filha, vc é simplesmente ímpar!
Bjs
I love you!!
i'm just a part of you! =*
*adoreeeei: fui pegar clarice hj e notei q vc já tinha levado GH! :)
beijooo
Eu sou Clariceana... que coisa boa tua visita, que passeio bom por aqui!
Eu voltarei... volte sempre vc tb! Bj
Como vc. admiro Clarice, tanto quanto Fernando Pessoa. Continue assim procurando sempre o melhor, nem sempre vamos encontrar, mas o que
interressa é luta pelo mrlhor.
Estava lendo uma coletânea de frases de Clarice Lispector ontem... fui fazer uma pesquisa por entrevistas no youtube e encontrei milhares de fontes. Lembrei de ti, Clariceana tb. Boa semana
Adoreeeeeeiiiii o recado superlativíssimo! rsrsrsrs... bj
Linda postagem!
Realmente,
"a arte é um vazio que a gente entendeu".
Um beijo,
doce de lira
Putz! Quero muito ver tbm!!! =]
Lindo!
Passei por SP no carnaval de 2008. Uma das coisas que me marcou na visita à capital dos paulistas foi assistir a um curta sobre Clarice. Espero que esse espetáculo desça aqui para o sul...
:)
ficarei na torcida tb: coisas boas assim devem ser compartilhadas com mtas, mtas pessoas!
*parece q o espetáculo passará por grandes cidades em q há BB (banco do brasil); é provável q o sul seja presenteado! ^^
o/
Rafaela,
esse desenho é seu? Perfeito!.
Clara
é meu, sim!
eu sei q não.. mas obrigada pelo perfeito! ^^
beijos
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