Era realidade americana:
Sequestrado o Capitão Phillips,
Do imenso Maersk Alabama,
Por uma quadra de piratas somalis.
"We're just fishermen..."
Dizia em parco english
Armado e, a olhos visto, esfomeado
O novo capitão
Da naviarra - não negreira?
Vinham pescar sobrevivência.
Havia metas além-mar
Havia terra e miséria
Em alto mar, nos pés descalços
E enruçados.
Mas haveria esquadrões
Força-tarefa
Supremacia técnica, genuinamente
Estadunidenses.
Mortes insignificantes...
O heroísmo e o vilanismo
Como água e sal.
E não se saberá jamais
Das lágrimas
Sem peixe para se temperar...
Cena de "Capitão Phillips" (2013).
5 comentários:
É, Marcos.
Escolhas, escolhas...
Fico triste com tudo.
Um bjo grato pela visita
As relações entre sua poesia e os acontecimentos fora dela são incríveis. Um abraço!!
Anderson,
A poesia nossa de cada dia conta um pouco dessas coisas, e a beleza está em ver.
Um bjo grato
Não vi o filme, poetisa. Mas sei das agruras e das dificuldades de se tomar partido, de ambos os lados. O que é certo? O que não é? Essa instabilidade me co-move.
Beijo.
Com certeza, Franco... é o mínimo q nos pode causar.
E assista: é fantástico!
Beijo
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